sábado, 10 de novembro de 2012

"Estou vivo, idota!"

Querendo atenção é só carregar nos botões certos. A auto-estrada da informação estupidifica muita gente e a imbecilidade é uma das melhores formas de desinformação.

Tão grave é mandar abaixo um blog como ostentar imagens com frases em "zuka" no Facebook. No entanto, há quem faça pior: a moda parva das mortes falsas.

Quem é que se lembra de vir anunciar a morte de alguém que está vivo?! E tão parvo é esse como aquele que difunde. É a ânsia de dar as novidades, de ser o portador da notícia (que afinal não é notícia). Agora lembrava-me de vir aqui copiar o texto da Lusa no dia em que o Michael Jackson se finou e mudar o nome para o Passos? Aparece um amigo e "compartilha". Os seus seguidores espumam de excitação e fogem para A rede social, mais não seja, para enviar condolências. A mentira alastra. Mais logo, ao fim do dia, já a pirâmide faz inveja à Herbalife.

A coisa até acaba por ganhar contornos demasiado ridículos: Ora, tendo conhecimento da brincadeira, vem o "defunto" anunciar na sua página que está vivo e bem vivo; correndo para os espaços noticiosos, seja no jornal, seja na televisão; quem não sabe da história, assiste impávido à redundância que é alguém vir a público dizer "estou vivo!". Conclusão: a imbecilidade faz notícia.


2 comentários:

Dexter disse...

Isto faz lembrar-me o mito nacional da morte do Saúl Ricardo. Sou o primeiro a ter asco à "música" do puto, mas daí a querer ver o miúdo com os pés para a frente ainda vai um bocado.

Mas o país alimenta-se disto. O povinho alimenta-se disto. E gosta.

Fonemas Invertebrados disse...

Quanto mais sangrentas e deprimentes melhor. O monstro precisa de companhia e lê o Correio da Manhã lol