quarta-feira, 21 de julho de 2010

Viajando em Ti


Se a vida fosse uma estrada molhada patinavas para os meus braços?

O negro alcatrão escorrega aquoso como o leviano prazer da tua companhia, pois o fim anunciado da nossa não tão inocente jornada é apenas o pêndulo, deste relógio sem horas nem descanso.

Se ao menos lêssemos os sinais... um código demasiado complexo para onde vamos, desregrando tudo o que um dia queríamos ser.

O que achas que acontecerá quando já não pudermos dizer o que realmente pensamos?

Quando ao cruzar de um olhar descobrimos que fomos longe demais. Seria como mentir, ao não confessar o ciúme do tipo que te guia. No entanto, nessa estrada basta um ligeiro desvio para mudares de via.

Ou não. E seremos estranhos passageiros do óbvio, numa viagem sem curvas nem destreza, até finalmente desaparecermos no horizonte. Não, nada disso.

Fala-me do que te move, não te permitas insultar a inteligência, espera até saires fora de alcance e deixa-me perseguir-te, pela estrada fora.

4 comentários:

JP disse...

Muito bom. Continua, pá, que estás a ir bem!

Luís disse...

Obg! Precisava de força para este :) estava mesmo nas últimas quando escrevi lol

Carta para o futuro disse...

Bolas!
Nem eu escrevo assim!
Está profundo e sinsero assim como devem ser as relações, profundas e sinseras.
Não te quero ver, ou ler triste em tempo algum.
Sabes que o que escrevo é o que me sai da alma, no momento, e ontem quando li estas palavras, quase chorei :).
Vi pela data que já é uma coisa antiga, mas depois de termos trocado umas palavras no msn pareceu-me estares mais forte. Assim é que deves estar :)
Bejocas

Luís disse...

Acho que a parte da sinceridade apanhei contigo ;)

Sabes que as desilusões, as tristezas e a superficialidade fazem-nos querer ainda mais a força e a felicidade. Obrigada pelas palavras, porque têm ajudado :)