Gelam-lhe os ossos e o sentimento se lhe escapa. Abriu os olhos e viu-se diante do espelho, lá naquela imagem esbelta e voluptuosa, "impossível... ninguém acorda assim". Mulher fatal desde manhã até à noite.
(...)
Ele sorria sem se notar o branco e perscrutava a sua imagem nos olhos dos outros. Pelo canto do copo, em tons de dourado, viviam os fantasmas daquelas que escaparam.
O amor para dar, a amizade para os justificar e o falso altruísmo para os mover.
(...)
Mostra os dentes e recebe depois - o golpe - aquele que te chamou ao siso. Ataca-me em juízo, envolve-me na surpresa e o teu riso te quedará ilesa. A suspeita do costume, a tal novidade, vem minando a verdade.
A ti te dou num belo embuste, parecendo saber o que recebo. Não sei realmente o que faço, digo ou penso... estou perdido no teu abraço.
A tua liberdade foi a luz para me acordar. A minha vontade, em ti descobriu a única que poderia amar.
foto de Neil Krug
3 comentários:
Muito bem ilustre colega!
Aplausos!
Gostei muito da parte final:
"A tua liberdade foi a luz para me acordar. A minha vontade, em ti descobriu a única que poderia amar."
Afinal até consegues escrever sobre sentimentos.
Cordiais cumprimentos,
DV.
O homem até já faz poesia... :)
Então colega,
Dps do último inspirado post (não há nada como o amor...para nos pôr a fazer poesia!) e agora nada??
toca a escrev'arte!!
Beijinhos
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