quinta-feira, 28 de março de 2013

Clint Eastwood diria...

Improvise, Adapt and Overcome - Heartbreak Ridge


Pessimismo

Quão bem se conhece outra pessoa?

Somos todos espiões num jogo doentio a que escolhemos chamar vida. Os sonhos não se concretizam, pelo menos não como foram sonhados. Resta-nos comer ou ser comidos, sem opção de sobrevivência.

Como se conhece outra pessoa?

Luta-se até ao fim com as armas à disposição e sem nunca parar, até olhar para o lado e não ver ninguém. No tempo perdido se perde a vantagem e não existem guerras sem quartel, todos temos necessidades.

Porque se conhece outra pessoa?

Servimo-nos de desculpas fracas, como família, relações ou caridade para justificar a essência beligerante. Palavras como "paz", "psicopatia", "criminoso" ou "inadaptado" são embustes de quem está no chão. É uma arte ganhar deitado. Podes não ser o melhor,

contudo...


quarta-feira, 20 de março de 2013

Sabedoria Impopular: Quando elas não dão bola...

...podes ter uma jogada brilhante na manga, mas acabas agarrado à raquete à espera que ela devolva o serviço.

Ontem à saída do barco falei a uma rapariga (bem gira por sinal), pensando que se tratava da esposa de um amigo. Não era, ou seja, tanto melhor. Tentei superar a situação com conversa míuda, para depois pedir-lhe o número e tratar de combinar um café para ela me poder dizer o quão diferente é da outra. NOT: desapareceu fugindo, como se eu fosse um psicopata.

Olhem se eu não fosse...


sexta-feira, 15 de março de 2013

Popalavras #7


Temos aqui nos estúdios o famoso detective do Facebook (por razões profissionais não iremos divulgar o seu nome). O nosso convidado tem como espaço profissional A Rede Social e campo de operações o seu computador portátil, iPhone ou Android

E: Diga-nos, qual é mesmo a natureza do seu trabalho?
D: A natureza é investigativa. Maioritariamente sou um observador, mas adopto uma postura instigadora quando necessário. Deduzo a verdade da acção das pessoas na rede e reporto-a ao cliente.

E: Ou seja, é um stalker pago a peso de ouro...
D: Não, não de todo. Uso método e nunca encaro o "cenário" do ponto de vista pessoal. Estou ali para fornecer informação, para a reproduzir e multiplicar. Prepare-se para ficar espantada: por exemplo, se o Zé anda a cortar a foto de perfil é porque está a dar numa de gay e não quer ser visto com o "amigo". E muitas vezes não sou pago por isto!

E: Uma alma caridosa. Explique-me como o faz, conte-nos um caso dos seus.
D: Parto de premissas muito simples. Está a ver o diamante roubado do Louvre a semana passada? Ora, a minha vizinha actualiza o estado e como carrego no "refresh" ("actualizar", para quem não está por dentro dos termos técnicos) a cada três segundos, vi logo que "Um sorriso daqui até à lua, sinto-me a brilhar hoje" não era propriamente inocente: Daqui à França é tão longe como a lua para quem não tem posses; brilhar é código universal para diamantes; e o resto é conversa... Foi o primeiro caso que reportei à Interpol.

E: Fascinante. O que sucede depois? Deixa as autoridades tomar conta do assunto?
D: Nesta situação sim. Até lhe digo mais, eles não tinham arcaboiço para lidar com as coisas no terreno e só interagimos via mail, nem quiseram falar comigo dada a urgência. No entanto, trabalho com assuntos mais quentes, não sei se está a perceber...

E: Elucide-me, por favor.
D: Casos de faca e alguidar. Se o João anda a trair a Maria com a irmã ou se a filha do Mário anda a comer morcela, vês? Ainda ontem mandei mensagem a uma senhora dos seus 40 anos e mãe de família, dizendo-lhe que estava interessado numa amizade sincera (linguagem universal para "comer e andar") e ela aceitou.

E: Continue...
D: Não há muito mais a dizer, vi logo que as coisas não são o que parecem. Anda à procura de novas sensações... A mulher do César não parece nem é séria. 

E: A sua consciência nunca o incomoda?
D: Nem um pouco. Sou incorruptível, se por vezes levo um toque ou pedido de amizade suspeito não me deixo pressionar. Estas são pessoas perigosas e o véu da segurança atrás do ecrã é uma ilusão, isto envenena a mente e conduz ao auto-abuso. Já viu certas poses?!

Infelizmente, não temos tempo para mais. Ainda assim, são revelações chocantes, devastadoras e implacáveis da realidade a que ainda não tínhamos sido apresentados. O mundo como ele é.

terça-feira, 12 de março de 2013

No sonho...

Sonhei que contava a verdade. Uma verdade inconsequente no conteúdo e derradeira no gesto. Estava nu. Ela tomava essa confissão como eu queria que ela fosse. Confiava sem reservas. Que porra de pesadelo... Só não acordei mais rápido, porque metia foda.

São estes pensamentos que me mandam para o fundo da garrafa. Não podes confiar em ninguém, estás sozinho com o diabo que conheces. Claro que há mais a dizer, não lhe disse nada de mais, contei-lhe de onde vinham as minhas finanças. Sabia que desconfiava e contei-lhe, como se não estivesse à espera de nada. Particularmente, de ser comido por parvo no fim. Agi como se ela fosse minha como as moedas no bolso: podendo mostrar toda a perversidade no mais negro de mim e esperar aceitação.

Ela quis. Quer isso, pede-o silenciosamente. Teve-o e muito mais. Depois fugiu e nem me cheguei a vir. Até no subconsciente tenho a decência de avisar quando estou prestes a fazer merda. Que porra de pesadelo... dar ao inimigo a faca e ficar a cheirar o queijo.

Na realidade.

Ela foge sem dizer nada. Está à espera que as coisas passem a outro nível. Para além do jogo, para além das brincadeiras sérias. Quero ver essa mão, não sei dar o flanco. Pensei em mostrar-lhe isto, em contar toda a verdade, a toda a gente. Sem nada a esconder.

Ia abdicar de páginas como estas, parecendo um gajo cheio de tiques e neuroses. "Tu fizeste-me isto! Eu não sou assim". Isso sim seria um pesadelo. São indícios de quem é desleal, as dúvidas perguntam-se de peito aberto, não com jogadas dignas de intriga política.

Do outro lado até pode haver uma situação parecida e reflexiva desta. Não é. Não me interessa nada. Só quero carregar a cruz pelo meu caminho e se tiver companhia tanto melhor. Na realidade, a verdade faz as pessoas perderem o interesse. Deve ser tão muda como um criado. Não se pede nem se quer, a história de duas pessoas é memória muscular, é agir sem pensar e levar com o que cai em cima.




segunda-feira, 11 de março de 2013

Pensa Rápido: Facetruques

Porquê, mas porque é que aquelas pessoas têm de andar constantemente a publicar que odeiam "gente falsa e invejosa", "mais vale chorar por quem merece" ou "se não me compreendes és um idiota"?!

Qual é o fascínio pela foto do bébé ou do gato ou até da porra do arco-irís?

Pior: Quem responde a isso? "mm !", "q s passa Linda?" e ":)"

O meu olho esquerdo até fecha o direito quando apanha estes "pédaços dji vidá".

Tudo seria melhor se fosse dito pelo Clint Eastwood de arma na mão:

- Pessoas Falsas: "Don't piss down my back and tell me it's raining"

- Desgosto: "First, I blow a hole in your face; then I go back inside, and sleep like a baby... I guarantee you."

- Idiotas: "I know what you're thinking. Did he fire six shots or only five? Well, to tell you the truth, in all this excitement, I've kinda lost track myself. But being as this is a .44 magnum, the most powerful handgun in the world, and would blow your head clean off, you've got to ask yourself one question: Do I feel lucky? Well, do ya, punk?".


terça-feira, 5 de março de 2013

Pensa Rápido: Jogos de Azar

Perdes sempre. Sempre.

O vício é insustentável: nunca sabes se é a mão que é vencedora ou se já apostaste demasiado para sair.

Há dois tipos de jogadores: aqueles que apostam sempre no fio da navalha e parecem sempre na crista da onda; e aqueles que aceitam a sua sorte, como se fosse um dever entregar-se ao que os dedos já conseguiram agarrar.

"E tu és sempre do tipo errado".